Confundo o pulsar das batidas do meu coração
Com o tic-tac do relógio na parede...
Tento com que os ponteiros andem mais rapido...
Para acompnahar a minha respiração
Que está definitvamente mais apressada que o tempo!
Que está definitvamente mais apressada que o tempo!
Acendo mais um cigarro...
Numa tentiva infrutífera que um qualquer som
desfaça o vazio sonoro da solidão
Que insiste em me apoderar com os seus frios tentáculos!
Olho a chama produzida pelo click do isqueiro
e na sua transparência sinto o calor da pequena labareda
nela sinto o calor do teu corpo,
Mantenho-a acesa por um instante,
para na minha fantasia mental te acreditar aqui
Impetuosamente sou invadida por um ruído...
O meu coração bate ainda mais rápido
E sem saber como, já estou junto da porta...
Pensando que vais entrar
Mas...
Tudo não passou dum simples devaneio...
Tudo não passou dum simples devaneio...
Uma simples janela aberta que se fechou com o vento
Apago o cigarro...
Já não arde, nem faz fumo
Já não arde, nem faz fumo
A chama já não existe... e o rosto desapareceu
Acomodo as almofadas frias e os brancos lençois lavados
Lentamente deixo cair a minha cabeça
O meu olhar exausto em lágrimas cede ao cansaço
Tu não chegaste!
E provavelmente não virás
E provavelmente não virás
Quem sabe amanhã???
Tu....
Ou outro alguém....
(By Sombras Íntimas @ 11 de Fevereiro de 2006)